sábado, 4 de abril de 2009

A VERDADE QUER NADAR


Minhas senhoras, meus senhores, aqui estão, vão me escutar
Não sou de muita conversa, meu ofício é confessar:
A quem canta e não ofende, perdão
Meu canto é pra violar!!!
Meu canto é igual cachoeira, minhas mágoas vão rolar...
Abram todas as comportas que a verdade quer nadar!
Quem nada diz da verdade, com pureza e majestade
No rio da realidade nunca há de se banhar

Por isso é que lhes peço o obséquio nesta hora
Quem tem medo da verdade fecha o ouvido ou vai embora
Cá dentro, coragem pura, covardia lá pra fora

Peneira que cessa ouro não pode cessar fubá
Com a mulher injustiça não posso me amasiar
Ela é torta e eu direito - nessa união sem conceito
Se com ela eu me deito, não sou digno de acordar
Pensei que andava pisando, terra de homens de fé
A fé dos homens se vende por um tapinha nas costas
Ou três goles de café...

Os homens de antigamente, entre eles, meu pai presente
Falavam assim de frente, espirrando verdade quente
Sem carecer de rapé...
Sou pior que a cascavel, dou picada sem o bote
Não titubeio um instante para dizer neste mote
Que “coroné” sem patente não pisa no meu batente
Sem conhecer meu chicote!

Se a ajuda é pra humilhar, prefiro morrer à míngua
Só tição, fogo cruzado, pra curar a minha íngua
Não vendo por um milhão o fogo deste vulcão
Na ponta da minha língua!
O cantador quando canta angústias do coração
No fundo tem um motivo, mais no fundo, uma razão:
Quem nunca apanhou na cara não sabe o peso da mão,
Se quem bate, sempre esquece...
Quem apanha, esquece não!!!

toma!!!!!!!!!!!!!!!

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